Samsung Chromebook Plus V2: um Chrome OS com requinte

Samsung Chromebook Plus V2: um Chrome OS com requinte

Este é o Chromebook Plus de segunda geração da Samsung. Por mais que este modelo esteja em sua segunda geração, a Samsung não trouxe a primeira versão pro Brasil. Então, bem, este é o primeiro Chromebook Plus da marca por aqui.

O modelo tem tela Full HD de 12 polegadas em proporção de 16:10, processador Intel Celeron de dois núcleos, 4 GB de RAM e 32 GB de espaço interno. Ele roda o Chrome OS, aceita aplicativos de Android nativamente e eu te conto nos próximos parágrafos se ele pode ser um substituto para seu notebook Windows, ou se é melhor deixar apenas como um segundo computador.

Em vídeo

Design e acabamento

O Plus do nome deste Chromebook não é à toa. O modelo tem objetivo de chamar atenção, de ser mais do que apenas um computador simples e de plástico. Todo o acabamento tem laterais levemente arredondadas, sem pontas ou rebarbas. É quase o mesmo visual dos computadores da linha Style da Samsung e que rodam Windows.

Toda a parte externa é feita em alumínio, com exceção da parte inferior que é de plástico. Poderia ser um ponto negativo, mas como em momento algum do uso eu encosto ou vejo essa parte, então dá pra ignorar. As curvas ainda ajudam neste esquecimento, já que a linha que separa o plástico do alumínio também fica pra baixo, longe de qualquer olhar.

Esta geração pesa um pouco mais do que a primeira e eu falo isso com propriedade: eu tenho o primeiro modelo. A versão que chegou ao Brasil é mais pesada, mais grossa, pouco maior e em cor mais escura. Ele tem mais ou menos 1,33 quilo e espessura de 1,5 centímetro. Na cor agora ele é menos prata e mais grafite, mesmo sem ser grafite.

Em conexões, uma evolução! O modelo anterior tinha apenas duas portas USB-C, uma escolha moderna, mas que me obrigava a andar sempre com um adaptador para transformar uma das portas em USB-A. Neste modelo mais recente ambas as portas ainda existem, mas uma USB tradicional foi adicionada e meu dongle já pode ser utilizado em outros aparelhos.

Existe ainda um leitor de cartões microSD, uma caneta que não é tão sensível quanto a S Pen dos Galaxy Note, mas que consegue detectar mais de 4 mil níveis de pressão, além da inclinação em relação a tela. Dá pra desenhar com bastante precisão.

As portas USB-C servem como entrada de energia do carregador. Qualquer uma delas. Este é um ponto muito positivo, mas olha só (na foto abaixo) o tamanho deste carregador. O com fio maior, em duas partes é da segunda geração. O menor, mais pra cima e com cara de carregador de celular mais gordo é da primeira geração.

Sério, Samsung?! Precisava fazer isso e tornar o carregador um trambolho?

Enfim, o teclado é bastante completo e pouco apertado. Ele não vem com “Ç” e está no padrão inglês internacional. Um pouco de prática e tudo funciona bem (mais fácil pros usuários que já utilizam Macs, por exemplo). A digitação é confortável, mas ele ainda não tem iluminação nas teclas e isso faz uma falta enorme em muitas situações.

E olha só o lugar dessa câmera traseira. É, se você virar o teclado, ela fica na parte traseira e, Jesus, sério, esquece que ela existe. A localização no teclado quebra todo o visual arrojado do conjunto. Ponto negativo!

Tela e multimídia

A tela mudou da geração anterior para essa. Ela perdeu resolução e agora é Full HD (antes tinha 2.400 x 1.600 pixels), a proporção também foi alterada, deixando de ser 3:2 pra ficar em 16:10. Eu prefiro 3:2, mas 16:10 fica melhor pra consumir vídeos e filmes. Já 3:2 é boa para sites da web e fotos. É, eu me acostumo com isso um dia.

O curioso é que o Chrome OS não altera a resolução, mantendo a proporção do tamanho dos ícones e da interface. Deixar em 1.920 x 1.200 pixels faz a leitura ficar impossível até mesmo pra quem não tem problemas com algo próximo da vista. Eu acabei utilizando em 1.600 x 1.000 pixels, que é onde a leitura fica minimamente confortável – mas minha vista parou de reclamar por completo em 1.412 x 882 pixels.

O brilho também não é o mesmo, diminuindo um pouco. São 300 nits, mais do que o suficiente para todas as situações de rua e Sol na cabeça. Neste ponto o downgrade é aceitável, já que diminui o consumo de energia. Olhando pras cores, elas são exibidas como o que se espera de um computador que não é dos mais caros. As bordas me incomodam, mas volto pro ponto de um “intermediário menos caro”. É, fica aceitável.

O som é….ele tá lá. Era ruim na versão anterior e melhorou um pouco por aqui. Muito agudo e com total ausência de graves, mas sem distorção quando o volume sobe. Dica: utilize fones de ouvido enquanto a entrada para eles ainda existe.

Desempenho e bateria

Por dentro, controlando tudo isso, tem um Intel Celeron 3965Y que roda dois núcleos em até 1.3 GHz, acompanhado de 4 GB de RAM LPDDR3 e 32 GB de eMMC. Pode parecer pouco para um Windows, mas no Chrome OS é o suficiente pra uma quantidade generosa de apps do Android instalados, desde que você não baixe muitos filmes do Netflix pra memória interna.

 

Ele não é um monstro da velocidade, mas o tempo de boot é sempre menor do que um Windows – afinal de contas, ele liga o computador que serve para rodar o Chrome e é isso. Se você quer abrir um app do Android, precisa esperar um pouco até que tudo esteja nos conformes.

E, sim, eu falei Android duas vezes. Este Chromebook vem com a Play Store e muitos apps de Android estão por aqui. Eu utilizo alguns deles com frequência, como o Telegram, Spotify, Netflix, Gmail, Slack e até alguns jogos. Este Chromebook não é feito pra eles, mas dá pra rodar Asphalt 9 com alguns engasgos ou jogos mais simples sem essa reclamação.

Como tem teclado e touchpad, e uma porta USB, eu tentei jogar PUBG com teclado e mouse e funcionou mais ou menos. O teclado é reconhecido, controla o movimento do personagem e o mouse serviu apenas pra emular os toques na tela. Deu para clicar e arrastar com o ponteiro e, com isso, controlar a câmera, mas não os disparos. A taxa de quadros por segundo estava boa? Mais ou menos, cai com frequência, mas dá pra jogar se você quiser.

Além de apps Android, o Chrome funciona sozinho. O Chrome OS é isso, um computador inteiro que utiliza o Chrome e que tem exatamente as mesmas funções do Chrome do seu PC – sem qualquer limitação, como o que acontece com o browser em um tablet Android ou no iPad, por exemplo.


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